
11 de novembro de 2009 | 16h59
Cerca de 200 milhões de crianças de países pobres tiveram seu desenvolvimento físico afetado por não ter uma alimentação adequada, aponta relatório do Unicef divulgado nesta quarta-feira, 11, após os três dias da cúpula internacional sobre o problema da fome mundial.
Um diretor da Organização das Nações Unidas, responsável por uma agência que monitora a fome mundial, convocou o mundo a acompanhar ele num dia de jejum para sensibilizar sobre o problema que assola um bilhão de pessoas no mundo. Jacques Diouf, diretor-geral da Organização de Alimentos e Agricultura, disse que tem esperança de que os líderes mundiais se engajem nessa causa num futuro próximo.
Segundo o relatório do Unicef, mais de 90% das crianças vivem na África e na Ásia, e que um terço das mortes nesse grupo da primeira faixa etária é relacionado a desnutrição.
Enquanto é verificado um progresso na Ásia - a taxa de desnutrição caiu de 44% em 1990 para 30% em 2008 - há um inexpressivo avanço na África, onde a alimentação inadequada atingia 38% em 1990; e 34% em 2008.
A região sul da Ásia é um dos pontos críticos no mapa da desnutrição, com destaque para o Afeganistão, Nepal, Índia, Bangladesh e Paquistão, somando 83 milhões de crianças de menos de cinco anos passando fome.
"A pouca atenção dada ao problema da desnutrição infantil hoje representará um custo elevadíssimo amanhã", alerta Ann Veneman, diretora-executiva da Unicef.
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