DF faz edital para erguer hospital de campanha no estádio Mané Garrincha

Um total de 146 salas comerciais que rodeiam a estrutura do estádio serão usadas para apoiar os atendimentos a pessoas infectadas pelo novo coronavírus

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Por André Borges
Atualização:

BRASÍLIA – Um total de 146 salas comerciais que rodeiam a estrutura do estádio Mané Garrincha, em Brasília, será transformado em um hospital de campanha para apoiar os atendimentos a pessoas contaminadas pelo coronavírus. O governador do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha, disse que vai liberar ainda nesta terça-feira, 31, o edital para contratação de uma empresa que fará a pintura das salas e reparos necessários para que os equipamentos e materiais de segurança sejam instalados no local.

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"De hoje para amanhã estou publicando o edital de construção de nosso hospital de campanha do Distrito Federal. Fizemos vistoria e levantamos tudo que será preciso", disse Ibaneis ao Estado. "Ao redor da estrutura do estádio, há 146 salas que seriam usadas para estabelecimentos comerciais. Elas estão vazias. A ideia é usar esse espaço. São áreas prontas, com energia e ar condicionado."

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Vista aérea do Estádio Nacional ManéGarrincha, em Brasília, palco da Supercopa do Brasil Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADAO

O hospital de campanha vai receber pessoas que estavam em situação grave, mas que se recuperaram e precisam ficar em um ambulatório, para observação. "Será um hospital de apoio, para servir na parte ambulatorial, não como UTI."

A estrutura deve ficar pronta entre 15 e 20 dias, segundo Ibaneis. O DF possui cerca de 800 unidades de tratamento intensivo (UTI) à disposição, se somados os leitos da rede pública e privada. Nesta terça-feira, 31, Brasília registra 317 casos de coronavírus, com dois óbitos. Há 26 pacientes com infecções graves e 12 pacientes com infecções críticas. Outras 146 pessoas se recuperaram.

Testes. A rede de saúde do DF tem realizado cerca de 800 testes de covid-19 por dia. O objetivo do governo é que esse número suba para 3 mil testes diários daqui a dez dias. "Ainda temos testes disponíveis. Estamos com cerca de 3 mil testes no estoque. Com as compras do Ministério da Saúde, não devemos ter problemas com isso. Mas queremos ampliar os exames o máximo possível, porque estávamos com um volume grande de exames com resultados atrasados."

O governo do DF firmou um acordo com a Universidade de Brasília, para que sejam ampliadas as análises de testes de pessoas que possam estar contaminadas pela covid-19. "Vamos colocar em dia os resultados de todos os exames. Estávamos com três, quatro dias de atraso para entregar os resultados. Vamos trabalhar para aumentar a quantidade de coletas."

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