Dilma sobre Mais Médicos: 'Não podemos olhar de onde vem o diploma'

'Saúde é inegociável', disse a presidente, destacando que uma parte dos brasileiros inscritos no programa 'não foi trabalhar'

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Por Ricardo Brandt
Atualização:

UBERLÂNDIA - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira, 13, em Uberlândia (MG), que respeita os médicos brasileiros, mas que não se pode olhar de onde vem o diploma do profissional, ao defender a ocupação das vagas não preenchidas do programa Mais Médicos por estrangeiros. O programa, que vai levar médicos a regiões periféricas e ao interior do País, teve baixa adesão na primeira fase.

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"Ficou visível que os médicos que se inscreveram na primeira fase não foram trabalhar. Não todos, uma parte", afirmou Dilma, em entrevista para duas rádios locais, antes de participar da formatura de alunos do ensino técnico na cidade. "Então, vamos agora preencher com médicos estrangeiros." 

Segundo Dilma, o objetivo é colocar mais médicos na rede para atender a população. "A gente não negocia com saúde. Saúde é inegociável. Respeito os médicos brasileiros, porque acho que eles são de alta qualidade. Agora, nós não podemos olhar de onde vem o diploma", enfatizou a presidente. "Vimos no Brasil que não temos médicos necessários para atender a população. Tem que ter o médico para atender", disse a presidente.

Dilma voltou a citar dados de países como Estados Unidos, Inglaterra e Canadá, que têm porcentuais elevados de médicos formados em outros países em sua rede. "No Brasil são apenas 1,78%. Olha a discrepância. Os países ricos vão e importam médicos. E nós, que precisamos de médicos, que somos um país intercontinental, que não temos médicos nas periferias e no interior do Brasil, não podemos importar", criticou. "Temos que colocar a saúde da população em primeiro lugar."

A presidente participou em Uberlândia da formatura de 2,6 mil alunos do ensino técnico beneficiados pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec). 

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