Ministros de Agricultura da União Europeia (UE) se reunirão amanhã, em Luxemburgo, em caráter emergencial para discutir o surto da bactéria Escherichia coli (E.coli) e seu impacto nos produtores de vegetais. A informação foi divulgada hoje por Marton Hajdu, porta-voz da presidência húngara da UE. "Eles farão um balanço da situação do surto tanto da perspectiva de mercado como da segurança alimentar", afirmou.
O comissário de Agricultura da UE, Dacian Ciolos, e o de Saúde, John Dalli, também participarão da reunião. Dalli ressaltou nesta segunda-feira a necessidade de se detectar o mais rápido possível a origem do surto para evitar que volte a ser registrado na União Europeia (UE).
Dalli afirmou que a UE "está fazendo muito" para controlar a situação e destacou o envio de especialistas comunitários à Alemanha para assessorar suas autoridades, acelerar o processo de detecção do surto da infecção e assegurar que todos os possíveis indícios estão sendo perseguidos. O comissário admitiu que se trata de uma grande crise e ressaltou que a situação "deve ser controlada e contida geograficamente".
Por sua vez, a secretária de estado de Saúde alemã, Annett Widmann-Mauz, afirmou que existem "possibilidades razoáveis" de a origem da infecção se encontrar em uma exploração de soja da região da Baixa Saxônia. No entanto, o Governo alemão está à espera dos resultados definitivos das análises para confirmar este extremo, que, segundo Annett, devem ser divulgados ainda nesta segunda-feira.
Ajuda. Os ministros também irão discutir na reunião de amanhã como compensar os produtores prejudicados pelo surto da bactéria Escherichia coli (E.coli), que derrubou o consumo de frutas e vegetais.
"Considerando uma ação legal, a ideia é chegar a algo amanhã, que cubra não apenas agricultores que são membros de uma organização", mas todos os afetados, disse um porta-voz da Comissão Europeia. "Nós vimos uma queda do consumo em toda a Europa, no que se refere às frutas e aos vegetais. A crise tem tido um impacto em toda a Europa."
Ele afirmou que as opções incluem possibilidades existentes na política agrícola comum da UE, na qual produtores de associações têm direito a um cofinanciamento da UE, limitado a 5% do valor da produção a cada ano.
Estados membros do bloco também poderão distribuir ajuda aos agricultores, mas qualquer quantia superior a 7.500 euros por produtor durante três anos precisaria ser aprovada por autoridades de competitividade da UE, acrescentou o porta-voz.
A comissão europeia também espera resolver a situação com o governo russo, que proibiu a importação de vegetais frescos do bloco, antes da cúpula UE-Rússia marcada para esta quinta-feira, e o diálogo nesta área está "em andamento."
"Nós achamos que a abordagem russa foi desproporcional", afirmou uma porta-voz. "Esperamos encontrar uma solução antes da cúpula." Com informações são da Dow Jones.