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Eleição é hora de sair de casa, mas exige cuidado contra a covid-19. Você sabe como evitar riscos?

Sabemos que o corpo a corpo dos candidatos diminuiu, mas não sumiu como deveria

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Por Sergio Cimerman
Atualização:

Neste final de semana iremos vivenciar mais um processo eleitoral para escolha de prefeitos e vereadores, que serão nossa voz na Câmara, tomando decisões importantes. Mas esta não será só mais uma eleição. Será algo inédito do ponto de visto de divulgação de nomes e propostas porque a pandemia transformou a maioria das ações em mídias sociais.

Abstenção foi grande no primeiro turno das eleições deste ano Foto: Antonio Augusto/Ascom/TSE

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Sabemos que o corpo a corpo dos candidatos diminuiu, mas não sumiu como deveria. Em pequenos municípios, a prática ainda existe e, pasmem, sem uso de máscaras e com beijinhos para todos os cantos. Coibimos tal prática por causa da covid-19 e devemos estar todos atentos para que não tenhamos um número maior de casos na população. No Estado de São Paulo, temos notado queda de casos e óbitos, mostrando que a campanha de prevenção tem sido efetiva neste momento. 

Não queremos vivenciar uma segunda onda, como o ocorre em vários países europeus e, por isso, precisamos nos policiar a todo momento. Nas eleições, será ampliado o horário de votação justamente para que não tenhamos qualquer tipo de aglomeração nos locais estabelecidos pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de cada município. 

A prioridade aos idosos logo nos primeiros horários nos parece decisão acertada para que seja minimizado qualquer risco. Lembrando que todos devem usar máscaras o tempo todo, manter o distanciamento social e levar consigo álcool gel a 70%. Em qualquer sinal de sintomas de covid-19, o eleitor não deverá ir ao local de votação e sim justificar seu voto para não colocar outros sob risco. 

Importante salientar isto nas comunidades mais carentes para não existir aumento de casos. Aqueles indivíduos que estejam em fase de recuperação também não podem exercer seu ato democrático. Devem permanecer em isolamento em casa, seguindo recomendações médicas e justificando a ausência conforme orienta a Justiça Eleitoral. Creio que tudo será facilitado para a prática de justificar a ausência para preservar a segurança de todos.

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O que não podemos incorrer é em aglomeração para votar, como vimos nas eleições americanas, com muita gente sem máscaras. Nós, brasileiros, temos de dar exemplo aos outros. Já temos entre nós eleições rápidas e seguras com resultados em até 48 horas em alguns municípios. Os americanos deviam ao menos nos copiar neste quesito para não gerar tumultos nas apurações e evitar correligionários nas ruas em forma de protestos se aglomerando e sem uso de máscaras.

Sugere o TRE que cada pessoa leve consigo caneta a fim de assinar sua identificação. Procedimento correto e que deve ser lembrado pelos órgãos da imprensa antes das eleições como maneira de orientar a população. Respeitar os mesários é outro ponto importante até para que se agilize o processo. Quando solicitado para abaixar a máscara para reconhecimento facial, que seja feito de pronto e recolocada de modo correto. 

São detalhes simples, mas que no momento podemos esquecer e podem fazer uma bela diferença. Antes de votar na urna eletrônica, usar o álcool gel que deve ser fornecido em cada junta eleitoral ou, se possível, o eleitor leve um seu mesmo. Após o voto, fazer novamente o procedimento. Uma rotina que já está incorporada entre nós, mas sempre mister reforçar as medidas preventivas.

Vamos exercer a democracia. Escolher nossos candidatos e torcer por um mundo melhor. Que nas próximas eleições tudo seja bem diferente, voltando ao normal de sempre.

*É COORDENADOR CIENTÍFICO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE INFECTOLOGIA E MÉDICO DO INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMÍLIO RIBAS

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