25 de outubro de 2011 | 18h02
Em Pernambuco, a paralisação de 24hs promovida pela Associação Médica Brasileira (AMB), Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), foi marcada, além da suspensão dos atendimentos eletivos, por um protesto de caráter social: a doação coletiva de sangue de centenas de profissionais.
A ação aconteceu em um dos principais parques públicos da capital, Recife. As doações foram direcionadas para o Hemocentro de Pernambuco (Hemope).
De acordo com dados das entidades organizadoras da ação no Estado - Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) e Associação Médica de Pernambuco (Ampe) - a adesão à paralisação foi superior a 45%. Na avaliação do presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco, Silvio Rodrigues, o objetivo foi alcançado.
"A categoria está unida em torno da luta. Aproveitamos para fazer desta ação algo que traga frutos para a sociedade de forma direta, como a doação de sangue. Afinal, já damos nosso sangue diariamente pelo SUS", destacou Rodrigues.
Em algumas unidades de saúde pública visitadas pela reportagem, no entanto, o movimento foi tranqüilo, com poucas queixas sobre remarcação de consultas e procedimentos.
Entre os objetivos do movimento está a revalorização do piso salarial da categoria, hoje fixado em R$ 1.946,91 por 20 horas semanais de trabalho e que passaria a R$ 9.188,22. O valor foi definido pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam), com argumento de falta de reajuste nos últimos anos.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.