Em reunião do G20, OMS pede cautela a países no relaxamento do isolamento social

Tedros Adhanom Ghebreyesus ressaltou que países somente devem retomar normalidade se tiverem capacidade de atender, testar, isolar e cuidar de todos possíveis pacientes; ele também pediu ajuda para países mais pobres

PUBLICIDADE

Por Felipe Laurence
Atualização:

SÃO PAULO -  O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS)Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu cautela nas decisões de relaxar as medidas de quarentena e isolamento social aos ministros da Saúde do G20, grupo das 20 maiores economias do planeta, que se reuniu por videoconferência neste domingo, 19. A reunião tinha a pandemia do novo coronavírus como tema e contou com a participação do ministro da Saúde do Brasil, Nelson Teich.

Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus pede cautela a países no relaxamento de isolamento social Foto: Denis Balibouse/Reuters

PUBLICIDADE

Ele também pleiteou ajuda para países mais pobres, nos quais a covid-19 começou a se espalhar. "É encorajador que vários países agora estejam planejando como diminuir as restrições sociais, mas é crítico que tais medidas sejam tomadas de maneira escalonada", disse .

"Relaxar a quarentena não é o fim da epidemia no país, é só o começo da próxima fase. É vital que os países eduquem, engagem e empoderem sua população para prevenir e responder rapidamente a qualquer ressurgência do vírus."

O mandatário da OMS reiterou que é importante que países só comecem a retomar a normalidade quando estiverem certos que seus sistemas de saúde têm capacidade de "detectar, testar, isolar e cuidar de cada caso, além de tracar todo contato que o paciente teve". "É necessário garantir que os sistemas de saúde tenham capacidade de absorver qualquer aumento nas infecções."

Para Tedros, o próximo passo é garantir a ajuda dos países mais ricos do mundo a regiões como a África, onde o desafio é superar a "falta crítica de equipamentos e entregá-los de forma organizada por conta da sua infraestrutura frágil".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.