16 de novembro de 2011 | 16h28
Washington - A companhia norte-americana Geron, pioneira em estudos com células-tronco, está encerrando esse campo de pesquisa
Na última segunda-feira, 14, os executivos afirmaram que os altos custos e as incertezas comerciais da pesquisa forçaram o cancelamento dos estudos. A empresa agora centralizará as pesquisas em terapias contra o câncer.
No ano passado, a Geron lançou o primeiro estudo nos Estados Unidos sobre tratamento com células-tronco em humanos: uma injeção de dois milhões de células destinada a reparar lesões na medula espinhal. Foi o primeiro estudo do gênero aprovado nos Estados Unidos.
Cientistas esperam que essas células, capazes de se transformar em outras, possam um dia substituir tecidos lesionados em doenças como o Alzheimer, além de tratar enfartes e derrames.
Especialistas dizem que a medida é mais um revés simbólico do que real devido ao enorme trabalho que continuará sendo realizado em instituições acadêmicas.
A Geron afirma que ainda acredita no potencial dessas células e que a companhia procura um parceiro ou comprador para sua divisão.
Especialistas dizem que as empresas que pesquisam células-tronco vivem grandes desafios no atual cenário econômico, em que investidores querem ver terapias experimentais transformadas rapidamente em produtos no mercado.
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