Entidades paulistas criticam aprovação da MP do Mais Médicos

A Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM) considera que os médicos vindos do exterior não passam pelas mesmas exigências que os profissionais formados no Brasil

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Por Ronald Lincoln Jr e Suellen Amorim
Atualização:

A aprovação da Medida Provisória que limita o prazo de dispensa do exame de revalidação do diploma para médicos formados no Exterior também criou um clima de descontentamento entre os acadêmicos. A Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM) considera que os médicos vindos do exterior não passam pelas mesmas exigências que os profissionais formados no Brasil, para exercer a medicina. O presidente da Associação, Juracy Barbosa, questiona a demora na execução do Revalida, exame de qualificação para médicos vindos do exterior.“Quem vai responder pelos possíveis erros médicos?”

João Ladislau Rosa, presidente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), concorda com o posicionamento de Barbosa, quando compara os currículos de profissionais formados no Brasil, que estudam em média 11.000 horas ao longo do curso, aos de outros profissionais que chegaram ao país com currículos de apenas 2.700 horas de aula. Mas já era consenso entre a categoria que a medida dificilmente seria barrada na Câmara. É o que afirma o presidente da Associação Paulista de Medicina (APM), Florisval Meinão. Mas ele insiste que o programa não vai atender às maiores dificuldades do País na área, que estão ligadas à falta de financiamento. Em relação à garantia de qualidade do atendimento, Meinão declarou: “Se ele [o governo] conseguir, estávamos enganados. Se não, fica claro que foi uma medida política e atrapalhada, para garantir a popularidade do governo”.

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