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Espera por consulta causa tumulto em hospital de SP

Familiares de pacientes invadiram pronto-socorro, quebraram cadeiras e ameaçaram plantonistas por causa da demora

Por Fabio Leite
Atualização:

SÃO PAULO - A longa espera por atendimento médico causou tumulto e depredação na noite de terça-feira, 29, no Hospital Municipal São Luiz Gonzaga, no Jaçanã, zona norte de São Paulo. Familiares de pacientes invadiram o Pronto-Socorro Infantil, quebraram cadeiras e ameaçaram os plantonistas de agressão por causa da demora. Ninguém ficou ferido.

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Os médicos interromperam o atendimento por volta das 23 horas e só voltaram a fazer consultas na madrugada desta quarta, após a chegada da Polícia Militar. “Eles invadiram os consultórios e queriam entrar na ala de internação. Os médicos ficaram totalmente acuados”, contou a dona de casa Paloma Kiseliauskas, de 30 anos, que está com o filho de 2 anos internado no local há 12 dias com bronquiolite, e viu o tumulto.

Apesar da confusão, a demora no atendimento se repetiu nesta quarta na unidade. No início da noite, a manicure Vanessa Castellon, de 40 anos, já aguardava havia mais de quatro horas por uma consulta para a filha de 4 anos, que tinha tosse e febre alta. “Desde as 16 horas que não chamam ninguém. O pior é que, como quebraram tudo, a gente tem de ficar aqui fora no chão feito animal”, afirmou.

A Secretaria Municipal de Saúde e a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia, responsável pela gestão do hospital, informaram que a unidade “estava com o quadro de médicos completo” na terça. “Em razão do período de tempo seco, houve registro de um aumento de cerca de 50% nos atendimentos do pronto-socorro. Os casos graves têm prioridade no atendimento, o que pode elevar ao tempo de espera dos pacientes”, informou a Santa Casa. 

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