O Estado de São Paulo registra a quinta semana consecutiva de queda de óbitos por covid-19. A média diária de mortes pela doença registrada na última semana epidemiológica foi de 179, patamar de meados de maio. "São números que voltam a comprovar a queda sólida nos indicadores. Mas isso não significa relaxamento. Estamos em quarentena e devemos permanecer assim até a chegada da vacina", afirmou o governador João Doria (PSDB).
Os dados apresentados pelo governo do Estado mostram esse cenário de queda em mortes: na semana epidemiológica de número 33, a média diária de mortes era de 252. Na semana 34, esse número caiu para 230. Na semana seguinte, foram 222 mortes em média por dia. E na semana 36 esse número chegou a 196. "Tivemos a segunda semana consecutiva com um patamar abaixo de 200 mortes diárias", disse Doria.
Os casos no Estado também vêm em queda. Na semana 33, o Estado registrava uma média diária de 10.828. Depois, na semana seguinte esse número caiu para 7.388. Na semana 35, houve uma leve alta e índice foi de 7.454. Na semana 36, a média diária de casos ficou em 7.380. E nesta última semana o número é de 5.372.
"Tivemos ainda queda de 27% em casos e de 8% em internações. O interior e a Baixada Santista tiveram queda de 25% em casos, 15% em óbitos e 7% nas internações. Estamos com a pandemia sob controle no nosso Estado, mas ainda estamos em quarentena. Para que voltemos ao normal, precisamos de vacina", afirmou o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn.
Ainda de acordo com o balanço divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde, nesta segunda-feira, 14, o Estado tem a taxa de ocupação de leitos de UTI mais baixa desde o começo da pandemia, 51,1%. Na Grande São Paulo, esse índice é de 50,8%. Estão internados nesses leitos 4.426 pacientes entre casos confirmados e suspeitos. Já em leitos de enfermaria são 5.826 pacientes.
De acordo com Gorinchteyn, o Estado já fez 4,2 milhões de testes, o que daria uma média 96 testes a cada 100 mil habitantes. "Estamos avaliando as pessoas com sintomas leves, fazendo diagnóstico, impedindo que elas disseminem o vírus e até que tenham uma piora e precisem de internação. Os bons números também são resultado dessa medida", disse.
O Estado de São Paulo contabiliza nesta segunda-feira, 14, 893.349 casos da doença e 32.642 mortes.
Butantã e a vacina contra covid-19
Doria também anunciou que as obras de ampliação da fábrica do Butantã que será responsável pela produção da vacina contra o novo coronavírus começam no dia 1 de novembro. "A fábrica já existe e ela será adaptada, ampliada e modernizada", disse. A coronavac é uma parceria do Butantã com a chinesa Sinovac Biotech e vem sendo testada em nove mil voluntários no País.
O governo já conseguiu arrecadar R$ 97 milhões em doações para a obra. São necessários R$ 160 milhões. "Até dezembro, teremos 46 milhões de doses da vacina e mais 15 milhões até março do ano que vem. Estes 61 milhões estão assesgurados e dependem exclusivamente do governo do Estado de São Paulo. Mas estamos trabalhando junto ao Ministério da Saúde para que tenhamos 100 milhões de doses no que vem", afirmou o governador.
O governo do Estado também afirmou que já recebeu R$ 1,1 bilhão em doações para o enfrentamento da pandemia provenientes de 260 entidades e empresas. Os recursos são destinados para a área da saúde e proteção social. A meta é arrecadar R$ 1,5 bilhão.