Estado de São Paulo diz investir em serviço similar ao Samu

Explicação veio após reportagem revelar que governo é alvo de ação por descumprir norma que prevê que 25% dos recursos do Samu venham da esfera estadual

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Por Fabiana Cambricoli
Atualização:
Base na Casa Verde. O porcentual de ocorrências não atendidas pelo serviço passou de 27% para 41% desde 2015 Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

O secretário estadual da Saúde, David Uip, disse nesta terça-feira, 13, que a pasta não faz o repasse obrigatório ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) por já investir em outro serviço de emergência: o Grupo de Resgate e Atendimento a Urgências (Grau). A explicação veio após o Estado publicar reportagem nesta terça revelando que o governo estadual é alvo de ação civil movida pelo Ministério Público Estadual (MPE) por não cumprir norma do Ministério da Saúde que prevê que 25% dos recursos do Samu venham da esfera estadual. Desde 2003, quando o serviço foi criado, o Estado não colabora com o custeio do equipamento, cabendo ao ministério e à Prefeitura a cobertura das despesas.

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Segundo Uip, o pagamento não é feito porque a secretaria já investe R$ 60 milhões por ano no Grau, valor três vezes maior do que o que deveria ser repassado ao Samu. “O Grau foi criado em 1989. Quando veio o Samu, em 2003, o Estado não aderiu a esse financiamento por já ter um serviço de resgate bem estruturado. Não faz sentido desmontar essa estrutura.”

De acordo com o secretário, a saída é unificar os dois serviços, o que deve ser acordado amanhã em reunião entre as secretarias municipal e estadual. “A ideia é conectar os dois sistemas e ter só um número para receber chamados, para que uma central de regulação única defina qual serviço fará cada atendimento”, diz.

O Grau funciona em parceria com o resgate dos bombeiros. A integração entre os serviços estadual e municipal foi determinada pela Justiça em resposta a outro pedido da ação civil pública. 

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