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Estudo mostra que 3% dos universitários que ingerem álcool têm alto risco de dependência

Pesquisa feita por instituições paulistas também revela que metade já usou alguma droga ilícita

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Por Redação
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SÃO PAULO - Cerca de 300 jovens, professores e pesquisadores participaram nesta quarta-feira, 6, na capital paulista, de um seminário sobre o uso de drogas por estudantes universitários. No evento, promovido pelo Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee), foram apresentados e discutidos os dados do 1º Levantamento Nacional Sobre o Uso de Álcool, Tabaco e outras Drogas entre os alunos de universidades das 27 capitais. O estudo foi produzido por universidades paulistas e financiado pela Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad), da Presidência da República. Os resultados foram divulgados pela primeira vez em junho e revelaram que metade dos alunos das universidades do País já usou, pelo menos uma vez, alguma droga ilícita. Ainda segundo o levantamento, nove em cada dez universitários brasileiros já consumiu álcool, a droga mais comum para os mais de 17 mil estudantes entrevistados. Desses, 19% bebem frequentemente e apresentam risco moderado de dependência, e 3% têm alto risco de dependência. “Esses jovens [com alto risco de dependência] precisam de uma intervenção médica já”, disse a professora e pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) Camila Magalhães Silveira, umas das responsáveis pela pesquisa e palestrante do evento. O pesquisador da Faculdade de Medicina do ABC (UFABC) Arthur Guerra de Andrade, que também participou do estudo e esteve no seminário, afirmou que, em geral, a questão das universidades é grave. Segundo ele, os estudantes são os futuros líderes, mas podem não atingir seus objetivos por problemas causados pela bebida, o tabaco e outras drogas. Apesar disso, poucas instituições de ensino investem no tratamento ou na orientação de seus alunos a respeito das drogas. Das 100 universidades do País incluídas no levantamento, apenas 28 mantêm programas para combate às drogas. “Essa questão deveria estar no projeto político-pedagógico de todas as universidades brasileiras”, avaliou Márcia Tamosauskas, da UFABC.

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