04 de setembro de 2008 | 18h06
Cientistas que tentaram replicar um estudo que ligou a vacina para sarampo ao autismo disseram na quarta-feira, 4, que não puderam achar nenhum vínculo entre os dois e esperam que seu estudo encoraje os pais a vacinar seus filhos para combater surtos de sarampo. A recusa dos pais em vacinar seus filhos contra o sarampo tem contribuído para maiores números de casos observados nos Estados Unidos e em parte da Europa. O sarampo mata 250 mil pessoas por ano no mundo todo, sendo a maior parte delas crianças em países subdesenvolvidos. Funcionários da saúde pública têm ressaltado a segurança da vacina tríplice para sarampo, rubéola e caxumba e de qualquer outra vacina infantil perante as acusações de alguns grupos, de que essas injeções podem causar autismo e outros problemas. O Instituto de Medicina dos Estados Unidos já divulgou diversos relatórios finais mostrando que não há nenhuma ligação entre o autismo e qualquer tipo de vacina. Esse estudo adotou outra tática. Ele tentou recriar - sem sucesso - a pesquisa de 1998 de uma equipe liderada por Andrew Wakefield, do Royal Free Hospital no Reino Unido, publicada no jornal The Lancet. Além do autismo, a pesquisa ligava a vacina a problemas gastrointestinais. Wakefield está respondendo a um processo de má conduta profissional pelo Conselho Médico Britânico e seus 10 colaboradores originais retiraram seus apoios à pesquisa. Os resultados completos da recriação da pesquisa foram publicados na revista Public Library of Science (PLoS).
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