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Estudo revela diversidade de espécies entre bagres

Pesquisa mostra que comunidades, embora contenham animais quase idênticos, agrupam três ou mais diferentes espécies

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Por Redação
Atualização:

Ancore em qualquer córrego na floresta tropical sul americana e você verá um cardume de pequenos bagres muito parecidos entre si. Mas não se engane, eles não são todos da mesma espécie.

 

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Uma investigação extensa sobre o bagre sul americano Corydoras, apresentada na revista Nature, revela que as comunidades desses peixes, embora contenham animais quase idênticos em cor e padrão de listras, pode na verdade agrupar três ou mais diferentes espécies.

 

Estabelecendo pela primeira vez que um número tão grande de espécies são miméticas; isto é, que elas evoluíram para terem em comum os mesmos padrões de cores por benefício mútuo. A pesquisa também estabeleceu cada comunidade individual de peixes similares reunia espécies que faziam parte de linhagem genéticas diferentes, mas que ainda assim adotavam padrões similares de cores.

 

Essa descoberta sugere que em muitos casos o número de espécies de bagres Corydoras possa ser ainda maior do que as reconhecidas anteriormente. Isso tem consequências para os ambientalistas que pretendem proteger a diversidade das espécies, aumentando o desafio da conservação dessas espécies em um momento em que os rios da América do Sul desenvolvimento em larga escala, o que ameaça o habitat dessas espécies.

 

 

"Embora elas parecessem idênticas em termos de padrões de listras e cores, nossas pesquisas sobre seu relacionamento genético, dieta, formato corporal e padrões de cores no corpo revelaram que 92% das comunidades reúnem espécies que não competem por recursos", disse Markos Alexandrou, estudante PhD da Universidade Bangor e um dos autores do estudo.

 

Martin Taylor, líder do projeto na Escola de Ciências Biológicas da Universidade disse que "essa pesquisa destaca a diversidade escondida e a complexidade encontrada nas águas tropicais."

 

Claudio Oliveira da Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho (Unesp), que apoiou o projeto, afirmou que "além de relevar biodiversidade desconhecida e sistemas evolucionários interessantes, esse estudo reforça a necessidade urgente de evitarmos a perda de muitas espécies que ainda não foram descobertas ou descritas."

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