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Estudo revela que ansiedade atinge 85% dos fumantes no País

Além desse fator, que contribui de forma crucial para a dependência, cerca de 40% dos fumantes também apresentam sintomas leves ou moderados de depressão

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Por Redação
Atualização:

Um estudo realizado pelo Serviço de Psicologia do Hospital do Coração (HCor), em parceria com o Ministério da Saúde, avaliou a melhor técnica para combater o tabagismo no Brasil. Cerca de 40% dos pacientes avaliados apresentaram sintomas leves ou moderados de depressão e mais de 85% dos pacientes apresentaram sintomas de ansiedade média ou alta.

 

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"Observamos que a ansiedade deve ser tratada para obter êxito no combate ao tabagismo, por isso a importância do acompanhamento psicológico. Ela foi a principal responsável pela alta na taxa de não cessação do tabagismo durante o estudo", diz Silvia Cury Ismael, Gerente do Serviço de Psicologia do HCor e responsável pela implantação do estudo.

 

Foram selecionados 208 pacientes fumantes, sendo 112 mulheres e 96 homens. Os pacientes foram divididos em dois grupos e receberam acompanhamento entre junho e dezembro de 2011. O primeiro recebeu apenas adesivos de nicotina, para substituir o cigarro. O segundo grupo, além da reposição de nicotina por meio de adesivos, receberam acompanhamento psicológico.

 

Entre os pacientes avaliados, foi observado que 26,5% possuíam hipertensão, 36,8% já fizeram algum tipo de tratamento para o tabagismo e 30,9% possuem dependência elevada.

 

Durante o estudo, os pacientes passavam quinzenalmente por consultas com os médicos da pesquisa que avaliavam questões relacionadas ao tratamento para cessação do tabagismo como efeitos colaterais, sintomas de abstinência, recaídas e dúvidas em relação ao uso da medicação. "Também foi realizado a medição do monóxido de carbono antes e ao final do tratamento de reposição. As consultas eram realizadas no HCor, quinzenalmente, por três meses", diz Silvia.

 

"Atualmente estamos realizando o seguimento telefônico dos pacientes tratados, mas ainda não temos dados finais da abstinência destes pacientes. Durante o acompanhamento médico, foi verificado que alguns pacientes já apresentavam comorbidades que podem piorar ou trazer problemas de saúde mais severos caso não haja a cessação do tabagismo. Outro dado observado é que morar com outros fumantes, que é considerado um fator de risco de recaída já citado em outros estudos, é observado em 75% dos participantes", finaliza Silvia Cury.

 

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