
15 de novembro de 2007 | 15h03
O governo norte-americano fez nesta quarta-feira, 14, uma importante e ao mesmo tempo confusa recomendação sobre o popular remédio para diabete Avandia, dizendo a pacientes que ele pode, ou não, aumentar o risco de ataques cardíacos. Veja também: Remédio contra diabetes aumenta risco cardíaco, diz estudo Entenda o diabete A medida é menos severa que a tomada pelo Canadá na semana passada, que restrinbiu o uso da droga no combate à doença. O departamento de vigilância sanitária dos Estados Unidos, o Food and Drug Administration (FDA), concluiu que os estudos são muito contraditórios para afirmar se o Avandia é realmente mais perigoso que outros tratamentos para diabete tipo 2. O laboratório optou por descrever a falta de pesquisas conclusivas numa tarja preta na embalagem do remédio - o alerta mais importante já dado pela agência. Diferente da maioria dos comunicados que pedem cuidado redobrado, o escrito no Avandia afirma: "Os dados disponíveis sobre riscos... são inconclusivos". "Ainda é uma questão aberta", afirma John Denkins, chefe da agência FDA. "Queremos tomar medidas de prevenção e pacientes já estão avisados sobre o risco identificado." Pacientes precisam ter dicionários médicos para interpretar o novo aviso. O texto diz que o Avandia pode estar associado a "eventos de isquemia miocárdica como angina ou enfarte do miocárdio". Traduzindo, isso significa dores no peito ou ataque cardíaco. A fabricante GlaxoSmithKline PLC está desenvolvendo um panfleto escrito com linguagem leiga para distribuir com cada recipiente do remédio. A Glaxo também concordou com a recomendação do FDA de se realizar um amplo estudo com os efeitos provocados no coração pelo Avandia e seus concorrentes. A pesquisa começa no final de novembro e não terminará até 2014. Por enquanto, pacientes de diabete tipo 2 que também tenham problemas cardíacos (ou tendência a desenvolvimento a doença) devem conversar com seus médicos sobre os potenciais efeitos do Avandia sobre o coração, se for recomendado o remédio. A orientação é do FDA.
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