15 de julho de 2016 | 16h23
Autoridades dos Estados Unidos informaram nesta sexta-feira, 15, sobre o primeiro caso documentado de transmissão do vírus da zika de uma mulher para um homem por via sexual, que até agora só tinha sido reportado no sentido oposto.
O caso, ocorrido em Nova York, amplia a categoria de risco de contágio sexual até agora conhecido para o vírus, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), que tem sede em Atlanta, no Estado da Geórgia (EUA).
De acordo com os pesquisadores que relataram o caso, a mulher em questão, de cerca de 20 anos, teve relações sexuais sem preservativo com seu companheiro depois de voltar de um país com presença do vírus.
Várias pesquisas recentes encontraram o vírus em fluidos presentes no trato vaginal.
Como medida de prevenção, as autoridades americanas ampliaram agora a recomendação de utilizar métodos de proteção às mulheres que tenham viajado para algum dos países afetados pela zika e tenham vida sexual ativa.
Além disso, a recomendação se estende a mulheres que tenham uma companheira grávida, embora não tenham sido registrados contágios entre casais do sexo feminino.
Os CDC recomendam às mulheres grávidas não viajarem a regiões com presença do vírus por causa do alto risco de que, em caso de contágio, o feto sofra complicações sérias, como microcefalia.
A entidade aconselha aos viajantes que voltam aos Estados Unidos procedentes de uma área com presença da zika - mesmo que não tenham experimentado sintomas da doença - que tomem medidas para prevenir as picadas de mosquitos durante 3 semanas, para não propagar o vírus por esta via.
O vírus da zika é transmitido principalmente por meio da picada do mosquito Aedes aegypti infectado, embora tenha sido comprovado também o contágio através de fluidos corporais como urina, sangue, sêmen e líquido amniótico. /EFE
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