EUA anunciam planos para 'geração livre da aids'

Hillary Clinton diz que combate à doença avançou e que fim da pandemia está perto

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Por Redação
Atualização:

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, anunciou na quinta-feira, 29, um plano global para criar uma "geração livre da aids", revelando o compromisso dos Estados Unidos com a aceleração das intervenções médicas para combater a disseminação da doença.

 

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O anúncio de Hillary diz respeito ao próximo estágio do programa de combate à aids dos Estados Unidos. A diplomata disse que os avanços nos tratamentos e nas estratégias de prevenção foram capazes de acabar com a epidemia antes em curso. "O vírus HIV pode até nos acompanha no futuro, mas as doenças que ele causa não", declarou a secretária de Estado.

 

Segundo ela, será possível, em pouco tempo, prever quando o número de pessoas recebendo tratamento será maior que o de novas infecções. "Esse será um ponto muito importante. Estaremos à frente da epidemia e a geração livre da aids estará no nosso horizonte", completou.

 

O programa de combate à aids americano, lançado em 2003 pelo ex-presidente George W. Bush, acelerou os avanços do tratamento da doença, particularmente na África. Atualmente, mais de 5 milhões de pessoas recebem medicamentos em todo o mundo.

 

A Organização das Nações Unidas (ONU) informou neste mês que o fim da pandemia é perfeitamente possível. Em seu relatório anual, o órgão anunciou que tanto os números de mortes e novas infecções da doença caíram.

 

Cerca de 34 milhões de pessoas convivem com o vírus HIV, segundo dados de 2001 da ONU. As mortes causadas pela doença caíram de 1,8 milhão em 2010 para 1,7 milhão em 2011. Em 2005, as mortes anuais eram 2,3 milhões. O total de novas infecções, que ocorrem via sangue, também caiu 20% em relação a 2001, totalizando 2,5 milhões no ano passado.

 

Apesar das boas notícias, nem todos estão otimistas com o fim da epidemia a curto prazo. A Fundação ONE, mantida pelo cantor irlandês Bono Vox, do U2, informou nesta semana que os cortes no orçamento dos principais países doadores frearam os esforços para reduzir o número de infecções e que as metas de redução de casos da doença previstas para 2015 provavelmente só seriam atingidas em 2022. 

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