29 de outubro de 2021 | 17h07
Os Estados Unidos autorizaram a vacina contra o coronavírus da Pfizer-BioNTech para crianças de 5 a 11 anos nesta sexta-feira, abrindo caminho para uma nova etapa na campanha de imunização que atinge 28 milhões de pessoas no país. No Brasil, a Pfizer já anunciou que vai pedir no próximo mês autorização também para vacinar crianças de 5 a 11 anos.
Nos EUA, comitê da FDA recomenda aplicação de vacina da Pfizer contra a covid em crianças
Esta autorização de emergência da FDA, agência reguladora dos Estados Unidos, veio após uma análise dos resultados dos testes clínicos conduzidos pela Pfizer em milhares de crianças. "Como mãe e como médica, sei que pais, cuidadores, professores e crianças têm aguardado ansiosamente por essa autorização", disse Janet Woodcock, comissária interina da FDA, em um comunicado. "A vacinação de crianças pequenas contra covid-19 é um passo adicional para o retorno à normalidade", acrescentou.
Um comitê de especialistas independentes recomendou na terça-feira a imunização de crianças entre 5 e 11 anos de idade com a vacina Pfizer, que em ensaios clínicos mostrou uma eficácia de 90,7% na prevenção de formas sintomáticas de covid-19 nessa faixa etária.
Especialistas do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) vão se reunir na próxima semana para fornecer informações e publicar recomendações. A dosagem que deverá ser utilizada nas crianças corressponde a um terço da dose aplicada em adultos. A FDA também recomendará duas doses, com três semanas de intervalo.
A farmacêutica Moderna também afirmou que sua vacina causa uma "forte resposta imunológica" em crianças de 6 a 11 anos, além de ter um perfil de segurança similar ao dos testes com adolescentes e adultos. Os efeitos colaterais mais comuns foram fadiga, dor de cabeça, febre e dor no local da injeção.
Os testes da Moderna envolveram mais de 4,7 mil participantes, mas ainda não foram revisados pela comunidade acadêmica e nem submetidos à aprovação da FDA ou de outra agência reguladora. Apesar de ser utilizada em mais de 40 países, a vacina de RNA mensageiro ainda não foi liberada nos EUA para ser aplicada em adolescentes. Por lá, o imunizante só tem aval de uso em adultos acima dos 18 anos.
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