18 de janeiro de 2011 | 23h57
WASHINGTON - Dois novos remédios contra hepatite C começarão a ser vendidos no mercado americano este ano para reduzir a duração do tratamento e elevar a porcentagem de cura para 75%.
A medicação disponível até o momento para só é efetiva em 40% dos pacientes que sofrem da variação mais comum do vírus. A droga também pode causar graves efeitos colaterais.
Espera-se que a agência de vigilância sanitária dos EUA, Food and Drug Administration (FDA), aprove os novos remédios no meio do ano. Muitos pacientes diagnosticados recentemente decidiram adiar o tratamento para poder usar esses novos remédios.
Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (f, na sigla em inglês), a hepatite C é a infecção crônica transmitida pelo sangue mais comum nos Estados Unidos, com 3,2 milhões de portadores.
Dois terços das pessoas com hepatite C nasceram no "baby boom" dos anos 1960 (período em que a natalidade cresceu de forma acentuada), e têm o vírus há anos, já que a doença pode demorar duas ou três décadas para se manifestar.
Alguns especialistas comparam a produção desses dois medicamentos ao coquetel contra aids que surgiu nos anos 1990. No entanto, eles acreditam que, além dos novos tratamentos, será necessário chamar a atenção dos nascidos na década de 1960 para que façam exames de diagnóstico. Muitas vezes, essa doença do fígado é ocultada da sociedade pelo fato de as pessoas que usam drogas injetáveis serem as mais expostas ao risco.
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