31 de julho de 2020 | 09h36
O governo norte-americano pagará US$2,1 bilhões (R$10,9 bilhões) para as farmacêuticas Sanofi e GlaxoSmithKline por vacinas contra covid-19 para 50 milhões de pessoas e também para garantir os testes e fabricações. As empresas divulgaram a informação nesta sexta-feira, 31. O valor pago é o maior até o momento da Operação Warp Speed, uma iniciativa da Casa Branca focada em acelerar o acesso a vacinas e tratamentos para combate ao novo coronavírus, que já injetou mais de U$ 8 bilhões para garantir sete vacinas diferentes em fase de estudo.
O acordo, anunciado pelos departamentos de Saúde e Serviços Humanos e de Defesa dos Estados Unidos, funciona a um custo de cerca de US$ 42 (R$217) por pessoa imunizada.
É quase o mesmo preço de US$ 40 (R$207) por paciente que os EUA concordaram em pagar a Pfizer e a BioNTech, quando foi assinado o contrato de US$ 2 bilhões (R$ 10,3 bilhões) por 50 milhões de doses da candidata a vacina na última semana.
O negócio fechado com a Sanofi-GSK se refere a 100 milhões de doses, duas por pessoa, e dá ao governo a opção de comprar 500 milhões de doses a um preço não especificado. A Sanofi e a GSK planejam iniciar os testes clínicos da vacina - realizados em humanos - em setembro.
A GSK afirmou em comunicado que mais da metade do total do financiamento será para desenvolvimento da vacina, incluindo ensaios clínicos. O restante irá para aumento de produção e administração de doses.
A imunização das duas empresas é uma combinação baseada nas vacinas contra gripe da Sanofi e em uma tecnologia complementar da GSK denominada adjuvante, projetada para melhorar a potência.
A Sanofi receberá a maior parte dos recursos do negócio. Este é o segundo contrato da dupla franco-britânica de farmacêuticas referente a candidatas a vacina contra covid-19. No início desta semana, eles concordaram em fornecer 60 milhões de doses para o governo britânico.
Abaixo, entenda as fases de desenvolvimento de uma vacina:
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