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EUA prevêem caos em caso de pandemia

Por Agencia Estado
Atualização:

Um pandemia de gripe aviária causaria graves problemas que se arrastariam por meses, avalia o governo dos Estados Unidos. Cidades, Estados e empresas devem planejar agora para continuar funcionando - e não esperar socorro do governo federal, informa a administração americana em Washington. "Nossa nação enfrentará unida esta ameaça global, unida em propósito e na ação, para proteger nossas famílias, nossas comunidades, nossa nação e nosso mundo da ameaça da gripe pandêmica", diz o presidente George W. Bush em carta aos americanos, que acompanha a atualização da estratégia de reação nacional à doença. No semestre passado, Bush havia proposto um plano de US$ 7,1 bilhões para preparar os EUA para uma nova pandemia de gripe. O relatório divulgado hoje atualiza o plano, um novo passo que basicamente define quais agências do governo serão responsáveis por cerca de 300 tarefas definidas, muitas já em andamento. Mesmo os passos mais dramáticos, como fechar as fronteiras contra epidemias no exterior, quase certamente falhariam em impedir que a doença se espalhasse dentro do país, reconhece o relatório, ao definir um conjunto menos radical de restrição a viagens. Se uma epidemia de um novo tipo de "supergripe" ocorrer fora dos EUA, o governo americano trabalhará com a comunidade internacional para tentar conter a doença no país de origem. Mas se a disseminação do mal atingir proporções globais, o relatório reconhece que o objetivo do governo americano será retardar o espalhamento da doença, dando aos EUA tempo de criar uma vacina, distribuir remédios e tentar conter o caos social e econômico. No caso de uma pandemia severa, até 40% da força de trabalho americana poderia ficar desempregada em duas semanas, diz o relatório. Como 85% dos sistemas vitais da sociedade - produção de comida e de remédios, por exemplo - são controlados por empresas particulares, o governo dos EUA pede que os empreendedores passem a se programar para o pior.

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