
10 de setembro de 2010 | 16h40
Na última queda de braço legal sobre o assunto, uma corte de apelações dos Estados Unidos deu ao governo do presidente Barack Obama, na quinta-feira, permissão para suspender uma proibição sobre o financiamento federal das pesquisas que envolvem células embrionárias de seres humanos.
"Estamos satisfeitos com a decisão temporária, que vai permitir que a pesquisa de células-tronco prossiga, enquanto apresentamos novos argumentos nas próximas semanas", disse em comunicado o Instituto Nacional de Saúde.
O juiz distrital Royce Lambeth decidiu no mês passado que a pesquisa violava a lei dos Estados Unidos porque destrói embriões humanos. A decisão foi um revés para Obama, que havia tentado expandir a pesquisa.
O financiamento federal para pesquisas com células-tronco embrionárias foi contestada pelo doutor James Sherley, engenheiro biólogo do Boston Biomedical Research Institute, e Theresa Deisher, da AVM Biotechnology.
Eles argumentaram que a pesquisa viola a lei americana, porque embriões humanos são destruídos e que isso criava uma concorrência injusta para o trabalho deles com células-tronco adultas.
Seus advogados têm até 14 de setembro para apresentar seus argumentos à corte de apelações e o governo tem até 20 de setembro para apresentar a sua resposta.
No mês passado, o diretor do instituto, doutor Francis Collins, disse que 50 pedidos de pesquisas com células-tronco humanas que estavam sendo analisadas foram retiradas da pilha por causa da liminar de Lamberth.
Ele disse que o instituto teria que congelar 54 milhões de dólares em concessões de financiamentos que seriam examinados neste mês.
Qualquer trabalho direto que utilize células-tronco de embriões humanos realizado no instituto também teria de ser interrompido, ele disse.
"Pesquisas com células-tronco de embriões humanos têm um enorme potencial para gerar novas informações sobre doenças, terapias baseadas em células e novos métodos de triagem para novas drogas", segundo comunicado do instituto.
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