
03 de dezembro de 2008 | 13h38
O epidemiologista da Fundação Oswaldo Cruz José Cerbino Neto afirmou nesta quarta-feira, 3, que o sul-africano William Charles, que morreu no Rio de febre hemorrágica provocada por um vírus desconhecido, passou por uma cirurgia ortopédica há 15 dias no mesmo hospital em Johannesburgo, na África do Sul, onde quatro pessoas morreram infectadas por arenavirus. No entanto, Cerbino Neto descartou a possibilidade de uma epidemia da doença Veja também:Pessoas que tiveram contato com sul-africano mantém rotinaSul-africano que morreu no RJ pode ter sido infectado na África Empresário sul-africano é vítima de febre hemorrágica no Rio "Seria esse o vínculo epidemiológico e por isso suspeitamos que essa tenha sido a causa de sua morte, embora o resultado dos exames preliminares só ficarão prontos dentro de três quatro dias." Segundo Cerbino Neto, um paciente vindo de Zâmbia teria morrido neste hospital e contaminado quatro profissionais de saúde, dos quais apenas uma enfermeira está viva. O epidemiologista, no entanto, descartou a possibilidade de uma epidemia. "Temos 16 casos na literatura internacional de arenavirus fora da África, todos de pessoas que vinham do continente africano. Em nenhum deles houve transmissão inter-humana. Por isso não se justifica o pânico." Ele disse ainda que o contágio acontece apenas através de secreções, como urina, sangue, saliva, suor e vômito.
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