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Falta de trechos de DNA ligada ao risco de esquizofrenia

Cientistas dizem que o estudo das anomalias genéticas poderá ajudar a descobrir novos medicamentos

Por AP
Atualização:

Dois novos estudos internacionais mostram que pessoas que não contam com certas porções de DNA correm um risco elevado de desenvolver esquizofrenia, uma descoberta que poderá abrir novas portas para a compreensão e diagnóstico da doença. Essas chamadas deleções de DNA são raras, cada uma aparecendo em menos de 1% dos pacientes de esquizofrenia. Mas cada uma eleva o risco da doença em até 15 vezes, diz uma estimativa. Cientistas dizem que o estudo das anomalias genéticas poderá ajudar a descobrir novos medicamentos, ao lançar luz nas causas da doença. E se um dia a ciência vier a conhecer um número grande o suficiente de aberrações raras,  elas poderão ser combinadas num exame que ajudará no diagnóstico, disse o principal executivo da empresa islandesa  deCode Genetics,  Kari Stefansson, autor de um dos estudos, apresentados na revista Nature. A esquizofrenia é, hoje, diagnosticada pelos sintomas. O DNA humano pode ser visualizado como uma seqüência muito longa de letras, cerca de 3 bilhões. Cada deleção identificada nesses estudos remove de meio milhão a dois milhões de letras. Cientistas já haviam encontrado genes e deleções ligados à doença, mas o novo trabalho é notável porque dois estudos em larga escala chegaram, de forma independente, às duas mesmas deleções, que têm um grande impacto no risco da doença.  O artigo de Stefansson também identifica uma terceira deleção.

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