05 de setembro de 2008 | 17h08
Hospitais europeus enfrentam escassez de um importante isótopo radioativo usado em diagnósticos de câncer e outros procedimentos médicos, disse um grupo de indústrias. A falta desses materiais pode significar um corte de até 30% nas entregas de molibdênio-99 na Europa, e pode durar até seis semanas, disse a Association of Imaging Producers & Equipment Suppliers (AIPES) nesta semana. Em outros casos, hospitais podem não ter escolha a não ser racionar os exames. O isótopo decai para tecnécio-99 e é usado para a detecção de tumores, avaliações cardíacas, tomografias cerebrais e outros procedimentos. A Associação Européia de Medicina Nuclear, representando os médicos, disse na quinta-feira, 4, que estava aconselhando hospitais a adiarem exames pouco urgentes, e a usarem substitutos para o isótopo quando possível. A escassez vem depois que dois dos poucos reatores que produzem isótopos no mundo - um na Holanda e outro na Bélgica - terem sido fechados para reparos e manutenção. Praticamente todos os materiais para diagnósticos médicos são feitos por esses dois reatores. Um porta-voz do reator holandês, que produz um terço do isótopo do mundo, disse que não reiniciará as operações antes de outubro. "Estamos trabalhando duro para entender a causa" de anormalidades no sistema de resfriamento, que levaram ao fechamento da unidade no mês passado, disse.
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