Famílias diminuem ritmo de consumo de bens e serviços

Desaceleração aconteceu por conta da crise financeira internacional

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Por Daniela Amorim (Broadcast) e Luciana Nunes Leal
Atualização:

 O consumo de bens e serviços de saúde pelas famílias diminuiu o ritmo de alta na passagem de 2008 para 2009, segundo o estudo Conta-Satélite de Saúde 2007 - 2009, um detalhamento das contas nacionais, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os gastos da população com bens e serviços de saúde passaram de um crescimento real de 5,3% em 2008 para uma alta de 3,5% em 2009. A desaceleração aconteceu por conta da crise financeira internacional, mas não atingiu com a mesma magnitude a desaceleração no consumo de bens e serviços que não tinham relação com saúde. Os gastos das famílias com os demais bens e serviços saiu de uma alta de 5,7% em 2008 para 4,5% em 2009. "Tanto em 2008 quanto em 2009, o consumo de bens e serviços de saúde pelas famílias cresceu menos do que o consumo de bens e serviços que não são de saúde", apontou Ricardo Montes Moraes, gerente da Coordenação de Contas Nacionais do IBGE. Na administração pública, no entanto, há uma inversão nesse padrão. Mesmo em desaceleração, o consumo de bens e serviços de saúde ainda cresce em ritmo consideravelmente maior do que o consumo dos demais bens e serviços. A despesa do governo com bens e serviços de saúde saiu de uma expansão de 6,3% em 2008 para 5,2% em 2009. Já os gastos com os demais bens e serviços passaram de uma alta de 2,5% em 2008 para 4,0% em 2009. Embora o gasto público com saúde tenha crescido mais em 2009, os números mostram que a despesa com bens e serviços de outros setores registrou um aquecimento em relação ao ritmo de alta de 2008, mesmo em ano de crise.

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