A Prefeitura de São Paulo decidiu fechar a partir desta terça-feira, 27, o Parque Independência, no Ipiranga, zona sul da capital, depois que um sagui foi encontrado morto infectado pelo vírus da febre amarela. A unidade deverá ficar interditada por 30 dias.
Segundo a Prefeitura, a medida foi tomada para que a cobertura vacinal de moradores do entorno seja ampliada. Em nota, a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente disse que o vírus “continua circulando pela copa das árvores” e que a imunização é a única forma de proteger contra a doença.
++ SP tem 136 mortes por febre amarela desde janeiro de 2017
A Secretaria Municipal da Saúde deve intensificar a campanha de vacinação no bairro.
Além do Parque Independência, 28 unidades municipais estão fechadas por causa da doença, mas a Prefeitura planeja reabrir 27 delas, nas zonas norte e sul da capital, na próxima sexta-feira. O Parque do Carmo, em Itaquera, na zona leste, não tem previsão de reabertura.
Na segunda-feira passada, a Prefeitura passou a oferecer doses da vacina em todas as unidades de saúde da capital. A nova fase da campanha segue até o dia 30 de maio. A cidade registrou oito casos de febre amarela - com quatro mortes, de julho de 2017 até esta segunda-feira, 26. Em todo o Estado, já são 136 mortes, alta de 8,8% em relação ao boletim da semana passada. Homens na faixa de 42 anos concentram a maioria dos registros.
Argentina. Nesta segunda, o Ministério da Saúde da Argentina confirmou a morte por febre amarela de dois idosos que visitaram o Brasil durante o verão.
Campanha usa dose fracionada
Em 25 de janeiro, a Prefeitura de São Paulo deu início à campanha de vacinação com doses fracionadas da vacina – cujo período de proteção é de pelo menos 8 anos. À época, postos registravam longas filas, mas a adesão à campanha caiu e agentes de saúde passaram a “buscar” moradores casa a casa para aplicar as doses. Até o 15, a Prefeitura estimava ter aplicado 5,8 milhões de doses, o que representa metade da população.