São Paulo está em emergência por causa do novo coronavírus (Covid-19), microorganismo responsável por uma pandemia que atinge todo o planeta. Seguir as recomendações das autoridades sanitárias é importante para ajudar a evitar e a espalhar a doença. A principal medida, no momento, é ficar em casa. É a única forma que existe hoje para atenuar a circulação do vírus. Remédios e vacinas seguras para todos só vão estar prontos mais para frente.
A transmissão do vírus acontece de forma rápida, e a doença pode desencadear uma síndrome respiratória grave, principalmente em idosos acima dos 60 anos e em pessoas de todas as idades com outras doenças, como diabetes e problemas cardíacos.
É uma situação de emergência e única. O esforço de toda a população será útil para salvar vidas. As pessoas devem evitar tocar em maçanetas e em botões do elevador com a mão que se utiliza mais. Sair para passear com o cachorro ou levar o lixo para fora de casa requerem agora cuidados especiais. Uma distância segura entre duas pessoas deve ter mais de um metro e meio.
Mudança de comportamento
Outro ponto importante para quando for imprescindível sair de casa é evitar totalmente as aglomerações. Os vírus lançados por alguém ao tossir ou espirrar podem contaminar muitas pessoas ao mesmo tempo. Mesmo quem não tiver sintomas de alguma doença gripal precisa cobrir a boca com o antebraço quando for tossir. Sem usar as mãos.
Se a saída for para ir ao supermercado, a recomendação é evitar entrar em locais cheios. O ideal, segundo as autoridades, é tentar usar o transporte público, também, em horários alternativos. Mas quem deve sair de casa são apenas as pessoas que trabalham com serviços essenciais. Os demais precisam mesmo evitar o contato social.
Bruno Covas, prefeito
No carro, em táxis ou nos veículos de transporte acionados por aplicativos, o melhor, segundo os infectologistas, é desligar o ar-condicionado e abrir a janela. A ventilação dos ambientes, inclusive o doméstico, é uma forma eficaz de evitar com que o vírus permaneça por muito tempo em um determinado local.
Na rua, na falta de água e sabão para a higiene das mãos, usar álcool em gel é uma opção segura. As máscaras de proteção devem ser usadas principalmente por profissionais de saúde, cuidadores de idosos, mães que estão amamentando e pessoas com suspeita ou diagnosticadas com coronavírus.
As autoridades também pedem que as pessoas desmarquem suas viagens e evite reuniões. O esforço coletivo é importante para que os mais suscetíveis sofram menos e para que a cidade e o País superem a emergência. “Entendemos desde o início que esse não é um problema apenas do Poder Executivo. É uma questão da sociedade, de todos os poderes instituídos. Juntos, tenho a certeza de que conseguiremos vencer mais esta batalha”, afirma Bruno Covas, prefeito de São Paulo.
A porta de entrada do vírus
Como a porta de entrada do coronavírus no organismo são a boca, o nariz e os olhos, é essencial lavar muito bem as mãos. A forma correta é simples. Depois de molhar as duas mãos com água limpa, entra o sabão. Após fechar a torneira, e com as mãos ensaboadas, esfregar as palmas das mãos e deslizá-las no dorso da outra. Lavar também os punhos. Entrelaçar, em seguida, os dedos e esfregar bem entre eles. Não se esquecer dos polegares. As unhas devem ser bem limpas, por baixo, e as pontas dos dedos esfregadas como se estivesse lixando as unhas na palma da mão. Para terminar, enxaguar bem e depois secar as mãos, de preferência com o papel toalha, que pode ser usado até para fechar a torneira.
Idosos devem ter cuidados redobrados
O Coronavírus é uma doença altamente contagiosa. E as pessoas que têm mais de 60 anos ou que possuem doenças como diabetes, hipertensão ou problemas cardiovasculares são mais suscetíveis. Isso acontece porque, ao longo dos anos, a imunidade vai diminuindo, e porque o vírus ataca mais com mais força quem tem doenças preexistentes.
E como ele pode estar em qualquer lugar ou em qualquer pessoa, é fundamental se proteger ficando em casa e pedindo a ajuda dos mais jovens para ir ao mercado ou à farmácia, por exemplo.
Bruno Covas, prefeito
Capital se prepara desde janeiro
A Prefeitura de São Paulo, que desde janeiro vem capacitando os profissionais de saúde da cidade para o enfrentamento da pandemia causada pelo coronavírus, está construindo um hospital de campanha no gramado do estádio do Pacaembu e outro no Complexo do Anhembi com capacidade para aproximadamente 2.000 leitos no total. A iniciativa, feita em parceria com o Governo do Estado e entidades privadas, será usada em casos de baixa complexidade quando for necessário. O pico da pandemia em São Paulo deve ser atingido em abril.
Segundo o prefeito Bruno Covas, que visitou as obras em andamento no estádio do Pacaembu na segunda-feira, 23, a Prefeitura vai usar ao menos R$ 2 bilhões para o combate aos impactos do coronavírus na capital paulista. Este dinheiro, segundo o prefeito, estava no caixa da cidade para ser usado em obras, mas agora ele foi transferido para combater o vírus. “Há recursos para a cidade enfrentar a doença”, afirma Covas. Por causa do decreto de calamidade pública, São Paulo não vai precisar cumprir com as metas fiscais em 2020.
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