Fiocruz investiga 1º suspeita de morte de feto por zika

A mãe, uma mulher de 34 anos, teve o vírus entre o 6.º e 7.º mês

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Por Clarissa Thomé
Atualização:

RIO - Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) investigam o primeiro registro no Estado do Rio de suspeita de morte por zika de um bebê ainda no útero. A mãe, uma mulher de 34 anos, teve a doença entre o 6.º e 7.º mês de gravidez. Ela passou a ser acompanhada por médicos do Instituto Fernandes Figueira (IFF), da Fiocruz. Exames de ultrassom mostraram que o perímetro cefálico estava normal e que o feto se desenvolvia normalmente. No entanto, novo exame revelou que o bebê morrera havia dez dias.

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Retirado nesta terça da mãe, o corpo passará por autopsia para determinar a causa da morte. Técnicos da Fiocruz estiveram no hospital e coletaram amostras de tecidos do bebê e de sangue, para estudar o caso. A paciente, que não teve o nome divulgado, fez o pré-natal em clínica particular. Ao apresentar os primeiros sintomas de zika, procurou o Instituto Nacional de Infectologia, da Fiocruz. De lá, foi encaminhada para o IFF, outra unidade da fundação, especializada em pré-natal de alto risco.

A mãe da paciente, Sandra Souza, contou que a filha passou por três ultrassonografias. Na última delas, em dezembro, na 33.ª semana de gravidez, o médico informou que o bebê se desenvolvia bem. “A gente esperava muito e, quando disseram que o bebê estava bem, a gente ficou bem”, disse Sandra em entrevista à TV Globo. A cesariana estava marcada para a semana que vem.

Segundo a família, a mulher passa bem e a previsão é que receba alta ainda nesta quarta. Em nota, o IFF informou que “ainda não é possível saber se a criança havia sido contaminada pelo vírus”.

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