22 de março de 2011 | 17h07
SÃO PAULO - Pesquisadores finlandeses e russos desenvolveram um estudo para avaliar o comportamento e o mecanismo celular responsável pelo vício na nicotina. Uma das conclusões a que eles chegaram a partir da observação feita em camundongos é que a exposição à nicotina durante a gestação aumenta a vulnerabilidade em relação à substância durante o desenvolvimento dos animais.
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O resultado apoia a tese de que a pessoa cuja mãe fuma durante a gravidez tende a começar a fumar mais cedo. Ela também ficaria mais propensa ao vício da nicotina.
Na pesquisa, a equipe verificou uma diferença de comportamento na auto administração de nicotina entre os camundongos que tinham sido expostos aos efeitos da substância e aqueles cuja a progenitora não tinha bebido água com nicotina durante a gestação.
O estudo também examinou o nível do receptor combinada com os efeitos de substâncias derivadas do ópio, como a morfina, e da nicotina. O receptor é uma proteína humana que se liga a componentes endógenos e exógenos. Os resultados mostraram que a morfina e componentes relacionados à ela se ligam aos receptores da nicotina causando respostas alteradas aos efeitos desta substância.
Além de ajudar no entendimento sobre como uma pessoa fica viciada em certas substâncias, o estudo pode auxiliar no desenvolvimento de medicamentos para o tratamento contra o cigarro e as drogas.
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