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Galáxias 'maduras' de aspecto 'jovem' podem implicar em revisão de teorias

As galáxias não são compostas por estrelas em formação, mas por estrelas de mais de um bilhão de anos unidas por uma nuvem de gás quente

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Por Redação
Atualização:

 

WASHINGTON - Um grupo de astrofísicos descobriu grupos de galáxias distantes que parecem "jovens", apesar de serem "maduras", o que pode obrigar uma revisão das teorias do início do universo, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira pela American Association for the Advancement of Sciences (AAAS, na sigla em inglês).

 

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"Medimos a distância até os grupos de galáxias mais distantes jamais encontrados", afirmou Raphael Gobat, que liderou a pesquisa do Observatório Europeu do Sul. "O surpreendente é que muitas delas não se parecem às usuais galáxias com estrelas em formação observadas no princípio do universo", explicou Gobat.

 

Os astrofísicos realizaram estas medições a partir do Very Large Telescope (VLT) do Observatório de La Silla, no Chile, e do telescópio Subaru, no Havaí. Os conjuntos de galáxias, que se reúnem por meio da gravidade ao longo do tempo, em teoria não existiriam durante a primeira formação do universo.

 

No entanto, os resultados mostraram que as estruturas localizadas estão do mesmo modo como eram quando o universo tinha apenas três bilhões de anos, ou seja, menos de um quarto de sua idade atual. Estes conjuntos de galáxias não são compostos por estrelas em formação, como se supunha, mas por estrelas de mais de um bilhão de anos unidas por uma nuvem de gás quente.

 

Portanto, a conclusão da equipe de astrofísicos é que "os conjuntos de galáxias já existiam quando o universo era muito mais novo". "Se futuras observações encontrarem muitas mais, nosso entendimento dos primeiros períodos do universo deverá ser revisto", afirmou Gobat.

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