09 de janeiro de 2015 | 22h31
GOIÂNIA - Com um dia de diferença, morreu, no início da noite desta sexta-feira, 9, a segunda das duas gêmeas siamesas separadas no sábado, 3, no Hospital Materno Infantil (HMI) em Goiânia. Foi a 11ª cirurgia do gênero, entre 27 casos acompanhados pela unidade, referência em separação de gêmeos com este tipo de má-formação. As meninas tinham 30 dias de nascidas e estavam unidas pelo tórax, compartilhando o fígado.
As gêmeas nasceram prematuras no HMI e a cirurgia foi decidida em caráter de urgência na sexta-feira, quando os médicos constataram que havia um enfraquecimento da criança maior por causa das fragilidades da menor. Na quinta-feira, 8, morreu a criança que estava mais forte antes da separação, o que chamou a atenção dos especialistas, até então receosos pela recém-nascida mais frágil, que media 10 centímetros a menos que a irmã.
Os pais das gêmeas são lavradores da Chapada Diamantina, na Bahia, e acompanhavam em Goiânia a situação das crianças desde que descobriram se tratar de gêmeas siamesas. A cirurgia de separação envolveu uma equipe multidisciplinar de 12 especialistas do HMI, sob a coordenação do cirurgião pediátrico Zacharias Calil, que fez a primeira operação do gênero em Goiás em 1999.
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