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Genética aumenta risco de infecção em transplante de medula

Descoberta abre um caminho para tratamentos personalizados preventivos

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Por Redação
Atualização:

Um pesquisador suíço descobriu que um fator genético do doador de medula óssea pode aumentar o risco de infecções em quem recebe o transplante, o que abre um caminho para tratamentos personalizados preventivos.   Um em cada dez transplantes de medula óssea - um dos tratamentos usados para leucemias agudas desde os anos 1970 - desenvolve uma infecção de fungos muito grave, que pode levar à morte. Porém, com a descoberta do professor Pierre-Yves Bochud, da Universidade de Lausanne, é possível combater isso.   O estudo de Pierre-Yves Bochud, do serviço de doenças infecciosas do instituto de microbiologia da Universidade, parte do fato de que, ao se realizar um transplante de medula óssea de um doador saudável, as células de defesa imunológica do paciente são substituídas pelas de quem doa.   Por várias razões, o sistema imunológico do receptor está enfraquecido durante os meses seguintes ao transplante, o que lhe expõe ao risco de infecções.   O estudo do doutor Bochud mostra que as variações genéticas de uma proteína dos doadores de medula óssea influem na possibilidade de se desenvolver no receptor a infecção chamada aspergilose pulmonar invasiva.   A pesquisa foi feita com 336 transplantes de medula e abre perspectivas promissoras, segundo seus autores, pois ao quantificar o risco individual é possível estabelecer medidas preventivas antifungos para os pacientes de maior risco.   "Este enfoque dá a possibilidade de lutar de maneira preventiva contra uma infecção oportunista da qual se sabe que causa grande mortalidade. Poderia ser aplicado a diferentes tipos de imunodepressão, aos receptores de transplantes de órgãos e aos pacientes sob quimioterapia", explicou Bochud.

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