Uma equipe de 86 cientistas do mundo inteiro sequenciaram o genoma da maçã tipo 'Golden Delicious', pela primeira vez.
A descoberta do DNA pode resultar em variedades de maçãs novas e melhoradas, que serão mais resistentes a doenças.
Os cientistas de 20 instituições levaram dois anos para decifrar o código - o genoma vegetal revelado até agora.
Os resultados foram publicados no periódico Nature Genetics.
Vantagem competitiva
O professor Riccardo Velasco da Mach Edmund Foundation, na Itália, que liderou a equipe de investigação, disse que o sequenciamento do genoma "teria implicações enormes para a reprodução aplicada".
"Esta descoberta vai nos ajudar a desenvolver características de alta qualidade e trazer coisas novas para o mercado da maçã", disse ele à BBC News.
Kate Evans do Centro de Extensão e Pesquisa em Árvores e Frutas da Washington State University disse que a descoberta ajudaria a "produção sustentável a longo prazo" de maçãs.
Os cientistas esperam melhorias para a popular variedade Golden Delicious - que se originou em West Virginia, EUA, mais de um século atrás - poderia aprimorar o sabor, aparência e crocância do fruto.
Os investigadores foram também capazes de rastrear a ancestralidade da maçã, e descobriram que a fruta nacional dos EUA é ancestral a Malus sieversii selvagem, que originalmente cresceu nas montanhas do sul do Casaquistão. Há mais de 7.500 variedades de maçã conhecidas hoje.
Os pesquisadores também descobriram que o enorme tamanho do genoma de maçã originou quando ele foi acidentalmente duplicado a muito tempo trás, na sua história evolutiva.
Um grande número de genes de pode dar uma vantagem competitiva, proporcionando mais defesas construídas contra doenças.