Gigantes farmacêuticas anunciam venda de vacinas a preço de custo para países pobres

GSK, Johnson & Johnson, Merck e Sanofi-Aventis dizem que preço das vacinas terá redução de mais de 60%

PUBLICIDADE

Por BBC Brasil
Atualização:

Quatro grandes empresas farmacêuticas anunciaram, nesta segunda-feira, que farão cortes significativos no preço de venda de suas vacinas para países em desenvolvimento. GSK, Merck, Johnson & Johson e Sanofi-Aventis concordaram em vender as vacinas a preço de custo após negociações com a Aliança Global por Vacinas e Imunização (Gavi, na sigla em inglês). O órgão, criado durante o Fórum Econômico de Davos, na Suíça, em 2000, reúne empresas e representantes do setor público de diversos países para patrocinar programas de vacinação em massa em países em desenvolvimento. O laboratório britânico GSK (GlaxoSmithKline) se comprometeu a reduzir o preço de sua vacina contra rotavírus em 67%. Ela passará a ser vendida por US$ 2,50 (cerca de R$ 4) para países pobres. A diarreia provocada pelo rotavírus mata mais de 500 mil crianças por ano em todo o mundo. As vacinas serão subsidiadas pela cobrança de preços mais altos a países mais ricos. Nos Estados Unidos, por exemplo, a mesma vacina custará US$ 50 (R$ 78). "O que precisamos é de um retorno para investir na nova geração de vacinas e drogas, e isso tem que vir do lucro que obtemos com remédios e vacinas", disse Andrew Witty, o diretor executivo da GSK, à BBC. "Mas é óbvio que, as pessoas que estão no Quênia ou em uma favela de Malawi ou em algum lugar assim, não têm capacidade de contribuir, então elas tem que ser ajudadas pela contribuição de países médios e ricos." A Gavi se comprometeu a financiar a introdução de vacinas contra o rotavírus em 40% dos países mais pobres do mundo até 2015, mas ainda precisava angariar US$ 3,7 bilhões (R$ 5,8 bilhões) além da quantia já obtida para atingir o objetivo. Por isso, a organização pediu cortes nos preços e doações para empresas farmacêuticas e governos. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.