
06 de fevereiro de 2020 | 17h49
BRASÍLIA - O governo prepara a abertura de um crédito extraordinário de R$ 11,287 milhões para bancar a "Operação Regresso", que vai resgatar brasileiros que estão na China expostos ao risco de contágio pelo coronavírus. Uma Medida Provisória, com vigência imediata, deve ser editada para abrir o crédito.
O crédito extraordinário serve para abrir caminho a despesas imprevistas. Esse tipo de crédito fica fora da limitação do teto de gastos.
O dinheiro será destinado ao Ministério da Defesa, uma das pastas que coordena a operação de resgate dos brasileiros em Wuhan, cidade que é o epicentro do contágio da doença. Duas aeronaves da frota presidencial da Força Aérea Brasileira são usadas na operação.
Para editar a MP, o governo justifica que a necessidade de atuação é imediata para retirar os brasileiros, uma vez que a cidade chinesa está isolada e bloqueada pela autoridade de saúde do país.
O Brasil enviou no final da manhã de quarta-feira, 5, duas aeronaves da frota presidencial para retirar de Wuhan 34 pessoas. O grupo é composto por brasileiros e seus parentes. A previsão é que eles cheguem ao Brasil no sábado, 8, quando será colocado em quarentena de 18 dias na base aérea de Anápolis (GO).
O País só decidiu realizar a busca no domingo passado, 2, após apelo de brasileiros que estão no epicentro do coronavírus.
Os 34 passageiros serão divididos entre as duas aeronaves, para minimizar riscos de infecção. O médicos também devem se revezar a cada três horas no contato com os passageiros a bordo.
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