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Governo alemão rejeita estudo que aponta pesticida como autor de contaminação

Organização da defesa do consumidor divulgou relatório nesta segunda-feira apontando pesticidas como culpados por contaminação de ovos

Por Efe
Atualização:

O Governo alemão chamou os relatórios divulgados pela organização da defesa do consumidor Foodwatch de "especulações", que por sua vez apontam pesticidas como responsáveis pela contaminação com dioxinas em alimentos para animais.

 

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"As pesquisas ainda não foram concluídas, logo, divulgar conclusões é pura especulação", afirmou um porta-voz da ministra de Agricultura e Defesa do Consumidor, Ilse Aigner, horas depois que a Foodwatch divulgasse seu relatório.

 

A organização anunciou nesta segunda-feira que resíduos de pesticidas foram os responsáveis pela contaminação com dioxinas dos óleos e gorduras industriais utilizados para a produção de alimentos para animais na Alemanha, onde cerca de 1,5 mil granjas foram fechadas por precaução.

 

De acordo com o estudo, as análises registraram também a presença de pentaclorofenol, um fungicida que não é produzido na Alemanha desde 1986 e cuja comercialização e uso são proibidos desde 1989, mas que é usado na Ásia e na América do Sul para proteger cultivos de soja.

 

Além disso, a análise detectou uma presença de 123 nanogramas de dioxinas por cada quilograma de gorduras para ração, quando o máximo permitido pela lei é de 0,75 nanogramas por quilo, uma quantidade 164 vezes maior que o autorizado.

 

Um dia depois que as autoridades liberaram 3 mil fazendas animais na Baixa Saxônia, a ministra alemã de agricultura, Ilse Aigner, anunciou que se estuda reforçar o controle e a concessão de licenças aos produtores de ração.

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É necessário esclarecer "se determinadas empresas, que se dedicam à provisão de ração devem ser submetidas a uma mais severa concessão de licenças", afirma Aigner em umas declarações divulga nesta segunda-feira pelo jornal "Süddeusche Zeitung".

 

As declarações foram publicadas pouco antes da reunião marcada com representantes das associações de agricultores e criadores de gado, dos fabricantes de ração e membros de organizações de defesa do consumidor.

"Quero informações de primeira mão", assegura a ministra, que exige dos fabricantes de ração que "não só participem ativamente, mas também façam propostas concretas para evitar casos dessa natureza no futuro".

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