Governo considera 16 Estados em risco muito alto de epidemia de dengue

Ministério anunciou pacote de medidas de R$ 1 bilhão para tentar combater a doença

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Por Redação
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O Ministério da Saúde elevou de 10 para 16 o número de Estados com risco muito alto de sofrer uma epidemia de dengue em 2011, e anunciou nesta terça-feira um pacote de medidas de 1 bilhão de reais para tentar combater a doença. O país registrou em 2010 um milhão de casos registrados de dengue, uma preocupação recorrente durante o verão, quando as condições são propícias para a reprodução do mosquito "aedes Aegypti", transmissor da doença. O Ministério da Saúde e outras 12 pastas e órgãos do governo federal reuniram-se com a presidente Dilma Rousseff nesta terça para definir as formas de ação no combate à doença. "A dengue não é só um desafio para o setor da saúde", disse a jornalistas o ministro Alexandre Padilha, segundo comunicado do ministério. "A ideia é dar visibilidade aos métodos de prevenção e controle, de forma a garantir a mudança nos hábitos da população e o atendimento rápido e de qualidade às pessoas que desenvolverem a doença", acrescentou. O novo mapa de risco da dengue no país inclui os Estados do Acre, Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Tocantins, Mato Grosso, Espírito Santo e Rio de Janeiro como sendo os com alto risco de epidemia. Outros cinco Estados -- Roraima, Amapá, Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul -- estão com risco alto para a dengue e também precisam reforçar as ações de prevenção e combate à doença, de acordo com o ministério. Dados do governo federal mostram que foram registrados um milhão de casos de dengue em 2010, sendo 15,5 mil pacientes em estado grave. De janeiro a outubro, foram confirmados 592 óbitos no país em consequência da doença, um aumento de 90 por cento em relação ao mesmo período de 2009, de acordo com o Ministério da Saúde. Em 2008, o Rio de Janeiro sofreu uma epidemia em que cerca de 250 mil pessoas foram infectadas pela doença, com mais de 200 mortes confirmadas apenas no Estado. (Por Pedro Fonseca)

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