29 de setembro de 2021 | 12h50
Atualizado 29 de setembro de 2021 | 15h23
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 29, a aplicação de uma dose de reforço da vacina contra a covid-19 em trabalhadores da saúde. Cerca de um milhão de profissionais serão beneficiados na nova fase da campanha que começa na próxima segunda-feira. Para receber a terceira dose é necessário ter completado o esquema vacinal há pelo menos seis meses.
Atualmente, no Estado de São Paulo, a dose adicional está sendo aplicada em idosos com 70 anos ou mais e em pessoas imunossuprimidas. A partir da próxima segunda-feira os idosos acima de 60 anos também poderão receber o reforço na imunização. Para os idosos, o critério é o mesmo dos profissionais de saúde: estar totalmente imunizado há pelo menos seis meses. Os imunossuprimidos podem receber a dose extra 28 dias após a segunda dose ou dose única.
Contrariando o Ministério da Saúde, São Paulo usa todos os imunizantes disponíveis (Pfizer, AstraZeneca, Coronavac e Janssen) como dose de reforço. Especialistas criticam o uso da Coronavac como dose adicional, especialmente em idosos, e dizem que é mais recomendado usar a vacina da Pfizer nessa etapa da imunização.
No próximo sábado, 2, todos os mais de cinco mil postos de vacinação do Estado estarão abertos das 7h às 19h. O objetivo é aplicar a segunda dose da vacina, especialmente em quem está com a vacinação atrasada. "É uma grande oportunidade de aumentarmos a cobertura vacinal no Estado", disse Regiane de Paula, coordenadora do Programa Estadual de Imunizações.
O painel "Vacinômetro", do Laboratório de Estatística e Ciência de Dados da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), mostra que 6 milhões de pessoas estão com a segunda dose da vacina contra a covid-19 atrasada no Estado. A maioria recebeu a primeira dose da vacina da AstraZeneca (3.344.461). Outros 1.784.301 precisam receber a segunda dose da Coronavac e 908.784 devem completar a imunização com a Pfizer.
Recentemente, o Estado reduziu o intervalo entre as doses da vacina da Pfizer. Desde a última sexta-feira a população pode receber a segunda dose oito semanas após a primeira — uma redução de quatro semanas em relação ao prazo anterior.
São Paulo já registra 4.363.122 casos da doença e 149.380 óbitos. A ocupação dos leitos de UTI é de 31,7% no Estado e 39,5% na Grande São Paulo. Desde o início da campanha de imunização, o Estado já aplicou 63,2 milhões de doses da vacina contra a covid-19.
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