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Governo russo afirma que vacina Sputnik V tem eficácia de 91,4% contra o coronavírus

Imunizante atingiu ponto de controle com 78 pessoas infectadas entre 26 mil voluntários

Foto do author João Ker
Por João Ker
Atualização:

A vacina russa Sputnik V apresentou eficácia de 91,4% contra o coronavírus, segundo coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira, 14, pelo Fundo Russo de Investimento Direto e pelo Centro Nacional Gamaleya. O resultado foi obtido após a fase 3 (clínica) ter atingido o ponto de controle com 78 pessoas infectadas pelo vírus, entre 22.714 mil voluntários.

Voluntáriarecebe dose da vacina russa Sputnik V, em teste contra covid-19 Foto: Sergei Ilnitsky/EFE

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De acordo com Kirill Dmitriev, CEO do Fundo Russo de Investimento Direto, representantes da farmacêutica Astrazeneca teriam entrado em contato com os pesquisadores da Sputnik V para utilizarem um componente da vacina russa no imunizante desenvolvido em parceria com a Universidade de Oxford. Ele afirmou ainda que o nível de confiança do imunizante entre a população da Rússia tem aumentado nas últimas semanas e que cerca de 200 mil pessoas já receberam o imunizante durante a campanha de vacinação no País. Dmitriev também anunciou que pretende entregar ainda neste mês os resultados de eficácia às agências reguladoras de Belarus, Índia, Emirados Árabes e Argentina. Ele afirmou ainda que há a previsão de firmar contratos para a distribuição do imunizante em países da África, Ásia, Oriente Médio e América Latina nos próximos meses. 

Das 78 pessoas infectadas pelo vírus, 62 tinham recebido um placebo. A eficácia de 91,4% é a mesma apresentada no final de novembro para quem havia tomado apenas uma dose do imunizante. Na época, os resultados divulgados ainda eram parciais e o estudo tinha atingido apenas 39 casos confirmados entre os voluntários. 

Denis Logunov, vice-diretor do Gamaleya, afirmou que a Sputnik V ainda protegeu 100% dos casos graves de coronavírus e que nenhum dos voluntários apresentou efeitos colaterais graves após a aplicação. Ainda não foi anunciada uma previsão de quando os resultados serão entregues à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No Brasil, os governos estaduais do Paraná e da Bahia já firmaram contratos individuais com o instituto para a aquisição do imunizante.

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