
28 de abril de 2009 | 11h49
SÃO PAULO- Um vilarejo mexicano cujos habitantes foram afetados por uma doença respiratória em fevereiro pode conter a resposta para o surto de gripe suína que afeta o país e começa a se espalhar para outros continentes. Um menino de quatro anos testou positivo para o vírus, após um mal respiratório afetar 60% da cidade, que fica perto de uma granja de porcos.
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Morador de La Gloria, Edgar Hernández Hernández ficou doente no começo deste mês. Desde fevereiro, 400 moradores da cidade procuraram atendimento com problemas respiratórios, febre e tosse.
Segundo um outro morador, citado pelo jornal britânico 'the Guardian", os primeiros casos da doença respiratória começaram em março. "Em março, um bebê morreu. De repente, era como se todo o vilarejo tivesse ficado doente. Era um fim de semana e o posto de saúde estava fechado. Quase 60% das pessoas ficaram doentes, e nos disseram que era um resfriado atípico. Eles descartaram a gripe e falaram que ela estava erradicada do México", afirmou o morador, que não se identificou.
A imprensa mexicana levantou a hipótese que a produtora de carne suína americana Smithfield, que tem uma granja a 19 km do vilarejo pode ser responsável pelo surto.
Citando autoridades do governo, o jornal 'La Jornada' diz que a empresa despeja excrementos de suínos em lagoas próximas da granja. A gripe suína pode ser contraída por meio do contato com animais, mas não há confirmação se o contato com moscas ou dejetos também provoque contaminação.
A empresa divulgou nota na qual nega que o vírus tenha ligação com suas operações no México. "Nossas subsidiárias mexicanas cumprem regularmente o calendário de vacinação do rebanho contra a gripe suína".
A Smithfield foi multada em 2000 nos EUA em US$ 12 milhões por poluir um rio da Virgínia com excrementos e carcaças de suínos mortos.
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