As autoridades da Arábia Saudita pediram que os idosos, crianças e outros muçulmanos de saúde frágil adiem a peregrinação anual a Meca, o haj, numa tentativa de evitar a disseminação em larga escala da gripe suína no país.
Veja também:
Cerca de 3 milhões de muçulmanos deslocam-se à cidade de Meca vindos de mais de 160 países a cada ano, criando uma das maiores aglomerações humanas de natureza religiosa do mundo.
A temporada do haj de 2009 começará em novembro, mas os muçulmanos também podem fazer uma peregrinação menor, a umra, a qualquer momento.
"Especialistas recomendam que os idosos, pessoas com doenças crônicas, crianças e mulheres grávidas adiem seus planos para o haj, para sua própria segurança", disse o ministro saudita da Saúde, Abdullah al-Rabeeah.
Ele pediu aos peregrinos que tomem a vacina contra a gripe comum, bem como a vacina para o vírus H1N1, assim que se torne disponível, antes de se deslocarem a Meca.
Para atender aos peregrinos, o reino aumentará seu estoque da droga antiviral Tamiflu em 20%, disse um porta-voz do ministério, Khaled Mirghalani. Esse incremento é o dobro do recomendado pela Organização Mundial da Saúde para o resto do mundo.
Fabricantes de medicamentos estão se preparando para produzir em massa uma vacina contra o H1N1, e o os governos já encomendaram milhões de doses.
"Não existe imunidade a este vírus, e ele vai se espalhar como fogo em lenha seca", disse Hassan El-Bushra, um conselheiro regional da OMS.
A Arábia Saudita, maior país exportador de petróleo do mundo, até agora registra 81 casos de H1N1, a maior parte dos quais foi curada, disse Rabeeah.