Um erro na fecundação in vitro feita por 26 mulheres no Centro Médico Universitário (CMU) de Utrecht, na Holanda, pode ter feito as pacientes engravidarem do espermatozoide de pais errados. A clínica anunciou nesta quarta-feira, 28, que um erro no procedimento feito pelo laboratório, cometido diversas vezes entre abril de 2015 e novembro de 2016, pode ter prejudicado a fertilização.
A técnica aplicada pela clínica é chamada de injeção intracitoplasmática de espermatozoides. O técnico, guiado por um microscópio, injeta o espermatozoide usando uma pipeta de vidro. A ponta da pipeta, feita de borracha, é sempre descartada.
No entanto, segundo a clínica, o mau uso da borracha colocada na ponta da pipeta de vidro fez o esperma de procedimentos anteriores contaminarem o instrumento. As chances são pequenas, "mas não podem ser excluídas", disse Paul Geurts, porta-voz do hospital.
Algumas crianças cujas mães passaram pelo tratamento na clínica já nasceram - a mais velha tem um ano. Conforme Gerts, é provável que, na maioria dos casos, o óvulo da mãe tenha sido fertilizado pelo espermatozoide escolhido pelo casal, mas que "é preciso esperar para ver".
Todas as pacientes da clínica já foram notificadas e farão fazer exames de DNA. O porta-voz do hospital não respondeu se o técnico responsável será punido e afirmou que o assunto é confidencial.
As informações são do New York Times.