No total, o órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente prevê gastos de até R$ 5,5 milhões com as ações de combate ao coronavírus. Desde o início da pandemia, a aquisição desses equipamentos e testes vinha sendo bancada com os cartões corporativos das superintendências estaduais do Ibama. Com a licitação, o objetivo é fazer uma compra de longo prazo. Como o regime da contratação é de ata por preço, o Ibama poderá solicitar menos lotes do que prevê o edital, conforme a necessidade. O valor total, portanto, pode não ser alcançado. Como mostrou reportagem do Estadão, o Ibama deve ter uma redução de quase metade em seus recursos destinados ao combate do desmatamento na Amazônia. É o que prevê o planejamento orçamentário do órgão previsto para 2021 ao qual o Estadão teve acesso. O órgão pediu suplementação de orçamento, apesar de enfrentar extrema dificuldade administrativa de executar aquilo que já recebe. O documento, enviado pelo Ministério da Economia ao Ministério do Meio Ambiente, a qual o Ibama é vinculado, prevê a destinação de R$ 210 milhões ao órgão no ano que vem. Esse valor é 33,6% inferior ao orçamento de R$ 316,481 milhões destinados neste ano. A realidade é ainda mais amarga quando observada, especificamente, a previsão de recursos para as ações de fiscalização e combate aos incêndios florestais, uma das práticas do Ibama que mais demandam investimentos pelo órgão federal. Pelo plano, o valor disponibilizado para 2021 será de R$ 88,4 milhões, o que significa uma redução de 43% sobre os R$ 154,730 milhões previstos para 2020.