
26 de abril de 2011 | 10h47
LONDRES - Uma das proteínas que contém a geleia real (57-kDa) é o ingrediente ativo que culmina na transformação de uma larva de abelha em rainha, segundo um estudo publicado no último número da revista Nature.
Veja também:
Grã-Bretanha cria 'corredor' de flores para preservar abelhas
Crianças publicam estudo em revista científica da Grã-Bretanha sobre abelhas
Pesquisa explica como as abelhas enxergam o mundo
Uma larva de abelha fêmea (Apis mellifera) pode se transformar tanto em uma operária estéril como em uma rainha, fértil e com um corpo mais longo, tem evolução mais rápida e uma vida muito mais longa.
A rainha põe ovos fecundados que dão origem as operárias, e o ovos não fecundados, dos quais saem as abelhas macho, os zangões.
O nutriente existente na geleia real responsável pela diferenciação entre as abelhas operárias e a rainha é a proteína 57-kDa, já identificada.
Os cientistas sabiam que o dimorfismo das abelhas fêmea se baseia no consumo de geléia real, nutriente segregado pelas operárias, e que não depende de diferenças genéticas. Entretanto, o ingrediente ativo e o mecanismo que guia o desenvolvimento das abelhas rainha não eram muito conhecidos.
O grupo dirigido pelo cientista da Universidade de Toyama, no Japão, Masaki Kamakura constatou, por meio de experimentos com moscas-das-frutas (Drosophila melanogaster), como a proteína 57-kDa ativa a quinase p70 S6 aumenta a atividade da MAP quinase.
Os estudiosos acreditam que a quinase p70 S6 é responsável pelo aumento do tamanho do corpo da abelha rainha, enquanto a MAP quinase causa a aceleração em seu desenvolvimento.
Estes processos, mediados pelo Receptor do Fator de Crescimento Epidérmico (EGFR, sigla em inglês), produziram nas moscas-das-frutas fenotipos similares aos das abelhas rainha.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.