BRASÍLIA - O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou que pessoas poderão ficar "encostadas" no INSS em virtude dos problemas provocados pela chikungunya. A infecção leva pacientes a terem dores crônicas, problemas nas articulações que muitas vezes impedem a realização de atividades corriqueiras, como pentear o cabelo, alimentar-se sozinhas e, em consequência, trabalhar. A doença também provoca a morte.
Até agora, foram 138 óbitos. Durante a apresentação feita nesta quinta-feira, 24, o ministro chamou a atenção para o impacto que o pedido de benefícios na previdência poderia acarretar aos cofres públicos. "Teremos um problema previdenciário porque essas pessoas ficarão encostadas no INSS e isso aumenta as contas", disse.
O número de casos de chikungunya deste ano é quase 10 vezes maior do que no ano passado. Até agora, foram registrados 251.051 casos. Em 2015, foram 26.435. O número de mortes também preocupa. Em abril, uma reunião de emergência foi marcada para discutir o problema com vários especialistas. No entanto, nenhuma providência foi adotada até o momento para se descobrir melhores estratégias de se reduzir o risco de morte.