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Iniciativa privada vai financiar hospital de campanha no Rio de Janeiro

Liderado pela Rede D’Or, projeto será destinado a atender pacientes do SUS; unidade é uma das oito anunciadas pelo governo do Estado no âmbito do coronavírus

Por Caio Sartori
Atualização:

RIO - O Rio terá um hospital de campanha financiado pela iniciativa privada para ajudar no atendimento aos infectados pelo novo coronavírus. A concepção da unidade, que custará R$ 45 milhões, é liderada da Rede D’Or, que vai bancar R$ 25 milhões do valor total. O hospital, que será destinado aos pacientes do SUS, é um dos oito anunciados nesta semana pelo governador Wilson Witzel. A expectativa é de que todos estejam prontos até o dia 30 de abril. 

O terreno da unidade bancada por empresas fica no 23º Batalhão da Polícia Militar (Leblon), na zona sul. Os R$ 20 milhões restantes serão pagos, em parcelas iguais, pela Bradesco Seguros, Lojas Americanas, Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP) e Banco Safra. Segundo a Rede D’Or, serão gerados mais de mil empregos diretos e indiretos. 

Wilson Witzel (PSC), governador do Rio de Janeiro Foto: Wilton Junior/ Estadão

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O principal hospital de campanha apresentado pelo governo estadual será no Maracanã, na zona norte, com 400 vagas. Os demais terão 200 cada, como é o caso do que será construído no Leblon. Ao todo, portanto, 1.800 leitos são previstos pelo governo estadual. 

A distribuição das unidades abarca praticamente todas as áreas da cidade - a exceção é o Centro - e inclui ainda os municípios mais populosos da Região Metropolitana (São Gonçalo e Duque de Caxias) e a cidade mais populosa fora dela, Campos dos Goytacazes, no Norte fluminense. O pequeno município de Casimiro de Abreu, no interior, também está na lista.

Na capital, além do Maracanã e do Leblon, são planejadas unidades em Bangu e Jacarepaguá, na zona oeste. No caso de Bangu, o hospital será construído no Complexo Penitenciário de Gericinó. 

A Prefeitura da capital fluminense, por sua vez, tem como principal projeto o hospital de campanha do Riocentro, na zona oeste, com 500 leitos. Nesta segunda-feira, o prefeito Marcelo Crivella disse ainda que vai construir, com a ajuda do Exército, uma unidade menor em Santa Cruz, também na zona oeste, com 100 leitos. 

Há, inclusive, a expectativa de que o presidente Jair Bolsonaro visite o Riocentro nesta sexta-feira. Ele e o prefeito vivem um momento de aproximação, de olho na próxima eleição municipal. 

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Apesar de o hospital bancado pela iniciativa privada ser em parceria com o governo estadual, Crivella idolatrou o fundador da Rede D’Or, Jorge Moll, em entrevista coletiva nesta terça-feira. “Com a força de um bandeirante, a fé de um mártir e a tenacidade de um gladiador, colocou vários hospitais na nossa cidade”, disse o prefeito. 

Somando os hospitais anunciados pelo governo e pela Prefeitura, são, portanto, 2.400 novos leitos no Rio. Até o último balanço da Secretaria Estadual de Saúde, o Estado já registrou 708 casos da doença, com 23 mortes.

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