Instituto Butantã recruta voluntários para teste de vacina contra dengue

Se o estudo correr como o esperado, a ideia é oferecer a vacina a partir de 2018

PUBLICIDADE

Por Monica Reolom
Atualização:

Atualizado às 17h45

PUBLICIDADE

SÃO PAULO - Foram abertas nesta quarta-feira, 2, as inscrições para voluntários que desejam participar dos primeiros testes clínicos no Brasil de uma vacina contra a dengue produzida pelo Instituto Butantã em parceria com o National Institutes of Health, dos EUA. A vacina entra agora na fase II, com o recrutamento de 50 voluntários, entre 18 e 59 anos, que nunca tiveram dengue. Os voluntários serão acompanhados por cinco anos pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

"Essa é a primeira vez que a vacina será testada no Brasil, que é uma região endêmica", afirma Alexander Precioso, diretor da Divisão de Ensaios Clínicos e Farmacovigilância do Instituto Butantã. Foram feitos testes nos EUA, mas a doença é rara no país. Ainda não existe vacina licenciada para uso contra a dengue no mundo. Se os testes correrem como o esperado, a ideia é oferecer a vacina a partir de 2018.

Os 50 voluntários passarão por testes clínicos e terão de assinar um termo de consentimento. A primeira e única dose da vacina deve ser administrada em novembro. Em 2014, mais 250 voluntários de São Paulo e de Ribeirão Preto serão recrutados - nesse caso, não importam os antecedentes da doença.

A vacina é tetravalente, ou seja, visa a combater os quatro diferentes tipos de vírus da dengue, transmitidos aos humanos por mosquitos. "O maior objetivo é evitar as formas graves da doença", diz Esper Kallas, coordenador do estudo no HC. Para se inscrever, deve-se ligar para os números: (11) 2661-7214 ou (11) 2661-3344, de segunda a sexta, das 9h às 18 horas, ou entrar em contato pelo e-mail vacinadengue@usp.br.

Uma outra vacina, do Laboratório Sanofi Pasteur, começou a ser testada em brasileiros em 2010. Há, ainda, uma imunização sendo desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).  

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.